Tribuna
do Norte – As informações técnicas disponíveis aos principais
serviços de meteorologia do Nordeste continuam indicando um inverno com chuvas
dentro da média para a região este ano. Esses parâmetros indicam que o veranico
neste mês de março chega ao fim no próximo final de semana, mas a Emparn admite
a possibilidade da previsão não se concretizar e estarmos diante de mais um ano
de seca no Rio Grande do Norte. O serviço de meteorologia já expôs ao governo,
esta semana, que os gestores já devem considerar essa possibilidade.
Até
a primeira semana de março, quando havia registro de chuvas em quase todas as
regiões do Estado, valia a previsão feita por especialistas de vários
institutos do país quanto ao inverno entre normal e acima do normal entre os
meses de março até maio para o semiárido. Uma oscilação, segundo a Emparn,
continua atuando em quase todo o Nordeste e ocasionando a falta de chuvas mesmo
quando todos os outros parâmetros indicam que deveria estar chovendo na região.
“Vamos
nos reunir na próxima terça-feira, em Recife-PE, para tentar entender o que
está havendo. Mas a condição, hoje, é semelhante ao que ocorreu nos últimos
cinco anos”, disse Gilmar Bristot, que coordena o serviço de meteorologia da
Emparn.
Segundo
ele, os modelos mostram que o veranico iniciado com a chegada do mês de março
deve chegar ao fim já no próximo sábado, dia 31. Mas admite que o otimismo já
não o mesmo de quando chegaram à conclusão que 2018 iria interromper uma
sequência de seis anos de seca severa para o semiárido do Nordeste. “Pode ter
um mês de abril com muita chuva? Pode, mas elas eram esperadas mesmo em março,
quando historicamente é o mais chuvoso da quadra”.
Para
Bristot, se não chover entre 200 milímetros e 250 milímetros o próximo mês,
haverá a certeza de mais uma seca. A condição de estiagem em março, segundo
ele, é a mesma para todos os estados do Nordeste, com exceção de algumas poucas
áreas onde há registro de precipitações nessas duas últimas semanas.