19 de março de 2018

Informalidade dos trabalhadores potiguares chega a 50,2%


Tribuna do Norte – Na contramão do que ocorreu até o fim de 2015, o proletariado informal no Rio Grande do Norte encerrou o ano de 2017 em ascensão. Dos 1,3 milhão de trabalhadores inseridos no mercado privado local no quarto trimestre do ano passado, 627 mil se dividiam em ocupações precárias, sem nenhum vínculo empregatício ou garantia previdenciária. O número corresponde a 50,2% da massa trabalhadora ativa, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Num dos efeitos da crise econômica, ao longo do ano passado, o quantitativo de trabalhadores domésticos informais chegou a 69 mil, um número recorde. Egressos, a maioria deles no mercado formal, eles tiveram que se adequar à nova realidade e obtiveram ganhos mensais médios de R$ 471. Das 93 mil pessoas que desempenhavam tal função no estado, somente 25 mil estavam formalizadas. Enquanto o número de informais subiu, o número de registros de Carteira de Trabalho assinadas caiu. Os reflexos disso vão além da economia.
“Metade dos nossos trabalhadores não tem garantias trabalhistas mínimas, não tem os direitos previdenciários garantidos. Qual será o futuro dessa população quando chegar a época da aposentadoria?”, questiona o economista Aldemir Freire. Do universo de 1,3 milhão de trabalhadores espalhados pelo Rio Grande do Norte, 54% tinham recursos recolhidos à Previdência Social até o fim do ano passado. Cerca de 620 mil homens e mulheres de todas as idades, funcionários de si mesmos ou de outrem, não contribuíram com um centavo sequer.