23 de janeiro de 2020

Fátima diz que PT terá candidato a prefeito de Natal e que Lula virá para a campanha

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, confirmou que o seu partido – o PT – terá candidatura própria à Prefeitura do Natal nas eleições de 2020 e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva virá à capital potiguar durante a campanha.
Segundo a governadora, o debate no PT sobre as eleições municipais está sendo conduzido pelas direções regionais do partido. Ela afirmou estar inteiramente dedicada à gestão estadual. Contudo, ela confirmou que a legenda pretende apresentar um nome para disputar a sucessão do prefeito Álvaro Dias – que deverá concorrer pelo MDB.
Entre os possíveis candidatos, o nome preferido da militância tem sido o da deputada federal Natália Bonavides. A parlamentar tem dito que não quer concorrer este ano porque prefere cumprir o mandato inteiro em Brasília. Apesar disso, Fátima destacou que a deputada é quem aparece melhor nas pesquisas internas para a Prefeitura.

“O nome da deputada Natália sai na frente, até em sintonia com o que as pesquisas estão mostrando. Ela é o nome mais competitivo, inclusive no campo da oposição”, afirmou a governadora, em entrevista nesta quarta-feira, 22, à rádio 96 FM.
Fátima, entretanto, citou outros nomes que podem ser escolhidos para a disputa. Ela não descartou que o PT lance o médico Alexandre Motta – tido como “plano B” –, o senador Jean Paul Prates ou até mesmo a vereadora Júlia Arruda (hoje filiada ao PDT).
Desses três, Alexandre Motta foi o que recebeu mais elogios da governadora. “Quero dizer do meu respeito (por ele). É um excelente nome. Foi candidato ao Senado, é médico, uma pessoa muito respeitada. Se tem uma coisa que o PT não tem problemas é com nomes”, afirmou Fátima.
A governadora do Rio Grande do Norte minimizou o fato de o PCdoB, aliado histórico do PT, ter lançado na semana passada um pré-candidato a prefeito: o auditor fiscal Fernando Freitas. Segundo ela, como a eleição na capital potiguar pode desaguar em um segundo turno, a oposição pode adotar a estratégia de se fragmentar no primeiro turno para evitar que a disputa termine na primeira rodada de votação.
“Você pode ter várias candidaturas com vinculação com o Governo (do Estado). Não vejo problema nisso de jeito nenhum. Cada partido quer se apresentar. Meu partido, legitimamente, quer ter candidatura própria, quer apresentar sua nominata para a câmara de vereadores. Mas, como a eleição é em dois turnos, é legítimo que os partidos queiram mostrar sua cara, fazer o debate programático. No segundo turno, a gente unifica”, encerrou a governadora.