Na Câmara Municipal de Lagoa Nova, a votação que tentava manter o veto do prefeito ao projeto que proíbe a contratação de agressores de mulheres pela gestão municipal terminou em indignação e surpresa.
Em um plenário onde apenas uma mulher ocupa cadeira no Legislativo, Maria Machado o voto dela foi justamente a favor do veto do prefeito, ou seja, contra um projeto que protege as mulheres vítimas de violência. O gesto causou forte reação entre a população e foi visto como uma traição à própria causa feminina.
Informações apontam que um assessor jurídico da Prefeitura teria entregue um papel antes da sessão, com possíveis orientações sobre como os vereadores deveriam votar. A suspeita é de que ali estivesse a “ordem” do prefeito.
Sem apresentar justificativa, a vereadora Maria Machado que deveria ser voz ativa na defesa das mulheres acabou sendo vista como porta-voz da vontade do Executivo, e não como representante do povo.
Infelizmente, em Lagoa Nova, parece que a obediência política fala mais alto que a consciência. E o mais triste é que, nesse episódio, quem perdeu foram as mulheres, que imaginaram ter uma representante, mas na primeira oportunidade viram ela votar contra tudo o que acreditavam e defendiam.
